Criatividade na missão
Ser criativo é uma atitude, é uma predisposição que se pode construir, transformar, criar. Não é uma fatalidade. Depende, acima de tudo, da vontade, de pequenos gestos
Foi num diálogo entre amigos que surgiu a pergunta: então o teu trabalho como vai? Não estás cansado de fazer a mesma coisa?
Tomei nota do que interessava saber: mais do que a ocupação ou a implicação pessoal num determinado trabalho, o valor estava na atitude com que o mesmo se desenvolvia.
Não sei qual a ocupação desses amigos, que se reencontravam. Mas imagino que a mesma preocupação terá de se ter em conta no desenvolvimento de qualquer profissão. Também na responsabilidade por todas as missões.
Há muitas décadas que se faz depender da criatividade o futuro pessoal, profissional e social. As lideranças de cada época, de todos os grupos sociais ou empresariais, rapidamente se entregam aos seus elementos mais criativos. Para benefício desses grupos ou empresas.
Ser criativo é uma atitude, é uma predisposição que se pode construir, transformar, criar. Não é uma fatalidade. Depende, acima de tudo, da vontade, de pequenos gestos. Basta, em qualquer circunstância, registar uma pequena ideia e fazer dela um instrumento de trabalho.
Tempos de crise, os que se vivem, reclamam atitudes criativas na economia, na acção social, na educação, na família. Procuram-se ideias novas nas empresas, nas instituições públicas, nas organizações e nos grupos sociais para fazer extraordinariamente bem feito tudo o que é necessário fazer, uma ou muitas vezes, mas sempre como se fosse a única.
A actividade missionária, a comunicação da Boa Nova, reivindica a mesma atitude criativa.
Há 2000 mil anos, Jesus Cristo pediu aos que o queriam seguir que fossem "sal da terra". Hoje - como nesses tempos, talvez - alguém se perguntava: como ser "sal da terra" em ambientes de fortes odores e sabores.
A pergunta surgiu no interior de um debate sobre projectos de comunicação, na Igreja Católica, nomeadamente os que se desenvolvem nas plataformas digitais, palco para todas as mensagens. E para afirmar a necessidade de emprestar atitudes sempre criativas a todos os anúncios do Evangelho: os que se desenvolvem coração a coração e os que se lançam no anonimato de redes digitais, onde nem sempre se sabe onde "cai a semente".
Em todos os palcos é imprescindível estar, com criatividade. E, felizmente, os bons exemplos sucedem-se. Na edição desta semana, a apresentação do projecto sinodal da Diocese de Viseu comprova-o.
Paulo Rocha
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